Queniano Edwin Kipsang conquista bicampeonato na Corrida de São Silvestre

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Queniano Edwin Kipsang conquista bicampeonato na Corrida de São Silvestre
Os atletas do Quênia voltaram a vencer a tradicional Corrida Internacional de São Silvestre neste ano. No masculino, o queniano Edwin Kipsang conquistou o bicampeonato com o tempo de 43 minutos e 47 segundos. O corredor brasileiro Giovani dos Santos conquistou a quarta colocação. Entre as mulheres, a vitória foi de Nancy Kipron, com a marca de 51 minutos e 58 segundos. Sueli Pereira Silva, sexta colocada, ficou com a melhor posição entre as brasileiras.
Kipsang avalia que o fato de estar mais familiarizado com o percurso fez com que conseguisse melhorar ainda mais o seu tempo na prova. “No ano passado, entrei meio às cegas e foi mais difícil. Agora foi mais tranquilo”, declarou. Em 2012, ele havia conseguido a marca de 44 minutos e quatro segundos. O queniano disse ainda que o treino conjunto e a prova em parceria ajudam a explicar a hegemonia do país na corrida de São Silvestre. “A gente vai correndo, conversando e controlando o ritmo. Sabemos realmente qual estratégia vamos seguir a partir daí”, completou.
O brasileiro Giovani dos Santos comemorou a colocação conquistada, com o tempo de 44 minutos e 49 segundos. “Consegui estar junto [dos quenianos] quase o tempo todo. Não consegui vencer ainda o Kipsang, mas uma hora a gente vai chegar.” Ele avalia que, no km 11 e no km 12 da prova, os atletas do Quênia começaram a forçar mais a corrida, porque perceberam a sua aproximação. “Se estivesse com eles na subida da [Avenida] Brigadeiro [Luiz Antônio], estaria melhor”, apontou. Giovani relatou ter sentido dores na panturrilha direita, o que prejudicou o seu desempenho.
O pódio masculino foi completado por mais dois quenianos. Mark Korir, que conquistou a terceira colocação no ano passado, avançou uma posição e ficou em segundo neste ano. Ele fez o tempo de 44 minutos e oito segundos. O progresso de Stanley Koech foi ainda maior. Ele saltou da décima primeira posição em 2012 para a terceira colocação, com uma marca de 44 minutos e 29 segundos. O quinto lugar na premiação ficou com o marroquino Abderrahime Elasri.
No feminino, a segunda colocação ficou com a atleta etíope Netsanet Gudeta Kebede, que fez o tempo de 52 minutos e oito segundos. A terceira posição foi conquistada pela tanzaniana Jacklie Juma Sakilu. Também do Quênia, a atleta Sara Ramadhani Makera, quarta colocada, passou mal logo após finalizar a prova. Depois de ser atendida pelo serviço médico, recuperou-se a tempo de participar do pódio. A queniana Delvine Relin Meringor completou o time de premiadas com a quinta posição.
A brasileira Sueli Pereira da Silva, sétima no ano passado, ficou satisfeita com o avanço para a sexta colocação neste ano. “Corri bem melhor, mas não deu pra correr como planejei, de igual para igual com as quenianas”, avaliou. Ela acredita que o treinamento das atletas brasileiras deve se intensificar para que o nível se iguale ao das africanas. “Temos que competir menos e treinar mais, assim como elas. No segundo, terceiro quilômetros [da prova] já tinha poucas brasileiras”, lamentou.

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Ana Moura reinventa o fado português

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Eleito o melhor álbum de 2013, “Desfado”, da cantora portuguesa Ana Moura, consegue o que parecia impossível: acrescentar ao tradicional estilo lusitano uma pegada “pop”, o que, longe de comprometer sua qualidade, agrega-lhe um elemento novo e original
Público
Ana Moura reinventa o fado português
 
Ana Moura, uma das belas vozes e importantes fadistas do mundo
Rafael Teodoro
Conhecida pelo talento de seus romancistas e poetas, Portugal é um país igualmente rico na música. Seu fado é legado cultural dos mais relevantes no gênero popular. Estilo tipicamente urbano, remonta aos boêmios lisboetas do século 19, que cantavam suas tristezas e saudades acompanhados pelo violão e pela viola. Depois, com a aceitação paulatina das melodias fadistas nos salões aristocráticos, populariza-se entre a fidalguia portuguesa um estilo até então marginal. Já no século 20, após o surgimento das primeiras casas de Fado, dá-se a profissionalização dos artistas. Com isso, o estilo ganha fôlego novo: seus arranjos instrumentais ficam mais refinados; seus versos tornam-se mais elaborados. Graças especialmente à brilhante carreira internacional de Amália Rodrigues — para muitos, a maior fadista de todos os tempos —, o fado deixa sua condição de fenômeno local português, atingindo público em nível mundial.   

Apesar disso, o fado nunca usufruiu grande popularidade no Brasil. Posto que Portugal tenha contribuído decisivamente para a formação da sociedade brasileira, a legar inclusive o idioma português, o fado não goza em nosso País da mesma penetração popular que se nota relativamente a outros estilos musicais estrangeiros (o rock, o jazz, o pop, o rhythm and blues, a dance music). É sintomático perceber que, não raro, boa parte do público tem como única referência no fado Roberto Leal, o cantor português que, radicado no Brasil, obteve nos idos de 1970 relativo sucesso comercial, apresentando-se em programas populares da TV com canções como “Arrebita” e “A festa ainda pode ser bonita”. Esta última, por sinal, ouso dizer que tem sua melodia mais associada no Brasil à paródia “Vira-Vira” do finado grupo Mamonas Assassinas, sucesso radiofônico absoluto no ano de 1995, que propriamente à versão original.

É óbvio que esse contexto não impede o ouvinte brasileiro de conhecer o importante legado cultural que a música popular portuguesa pode proporcionar. Há muitos artistas grandiosos a dedicar-se ao fado, donos de obras maravilhosas. Entre as referências do passado, seria medida de suprema injustiça não citar Amália Rodrigues; entre as do presente, seria demonstração inequívoca de insensibilidade auditiva não mencionar o nome de Ana Moura.

Pois é justamente Ana Moura que quero destacar. Seu álbum “Desfado”, lançado em 2012, recentemente adquiriu grande notoriedade após o jornal inglês “The Sunday Times” tê-lo eleito o “melhor álbum de 2013”. Se a afirmação é exagerada do ponto de vista da crítica, visto que não se pode julgar a obra de um artista senão dentro do gênero a que ele pertence, torna-se musicalmente plausível à medida que se ouvem as 17 canções que compõem o álbum.

Com efeito, “Desfado”, como o próprio nome indica, propõe-se a revisitar a tradicional música portuguesa urbana, fundindo-a a uma linguagem, digamos assim, mais “pop”. A música que abre o disco é reveladora nesse sentido: “Desfado” é uma canção agitada, com a bateria destacada na cozinha; a letra é propositalmente disparatada, a brincar com as convenções do gênero:

“Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum

Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente

Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe
Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste

Ai se eu pudesse não cantar ‘ai se eu pudesse’
E lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro

Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande incerteza de não estar certa de nada”.


Já “A Case of You”, uma das melhores do disco, não esconde o desejo de transitar para o pop: Ana Moura homenageia uma das mais conhecidas canções de “Blue” (1971), o clássico álbum de folk-rock da canadense Joni Mitchell. Não fosse o som da viola portuguesa ao fundo, poder-se-ia identificá-la facilmente com uma cantora de R&B ou soul a protagonizar um bem-sucedido cover. Esse mesmo mood vai reproduzir-se adiante, na faixa “Thank You” (que lembra muitos momentos do excelente “My One and Only Thrill”, de Melody Gardot) e “Dream Of Fire”, quando a guitarra acompanha o tom jazzístico do piano elétrico tocado pelo consagrado Herbie Hancock.

Ana Moura dividindo o palco com Gilberto Gil, no Brasil, em 2011
Outro aspecto a se destacar nesse álbum é a poesia das letras. Ana Moura empresta sua voz a versos inspirados, como na faixa “Amor Afoito”, escrita por Nuno Figueiredo:

“Dou-te o meu amor
Sem qualquer condição, por ora,
Mas terás que provar que vales
Mais que o que já mostraste ser
Se me souberes cuidar,
Já sei teu destino,
Li ontem a sina,
A sorte nos rirá, amor
Se quiseres arriscar
Não temas a vida,
Amor, este fogo
Não devemos temer”.
Em “Havemos de Acordar”, temos outra das melhores faixas do álbum. Exemplo de sensibilidade do compositor Pedro da Silva Martins (Deolinda), a canção assinala oethos renovador do fado que norteia a direção artística de “Desfado”:

“Canto o fado pela noite dentro
Ele trabalha todo o dia fora
Corre tão veloz o tempo
e chega apressada a hora
Ele suspira, sonolento,
‘Ó meu amor, não vás embora’

Fecho os olhos pela noite fora
Ele dorme pela noite dentro
De manhã não se demora,
veste um casaco e sai correndo
E ouve a minha voz que implora
‘Ó meu amor fica mais tempo’

Eu hei-de inventar um fado
um fado novo, um fado
que me embale a voz
e me adormeça a cantar
Eu hei-de ir nesse fado
ao teu sonho, no meu sonho,
e, por fim, sós,
nele havemos de acordar

Vou sonhando pelo dia fora
Ele trabalha pelo dia dentro
Não sei o que faz agora
mas ele talvez nesse momento
entre por aquela porta
‘Ó meu amor, fica mais tempo
Canto o fado pela noite dentro
Ele trabalha todo o dia fora
Já o sinto nos meus dedos
como um eterno agora
Será esse o nosso tempo
‘Ó meu amor, não vás embora’

Eu hei-de inventar um fado
um fado novo, um fado
que me embale a voz
e me adormeça a cantar
Eu hei-de ir nesse fado
ao teu sonho, no meu sonho,
e, por fim, sós,
nele havemos de acordar”.


Todos esses elementos somam-se ao talento vocal indiscutível de Ana Moura, que sabe explorar seu belo timbre com elegância nas faixas, a primar por uma prosódia musical escorreita da língua portuguesa, sem descuidar da emoção soturna que a estética fadista reclama (a ouvida de “Fado Alado” é ilustrativa dessa perspectiva) e que Amália Rodrigues soube incorporar como ninguém.

Penso que “Desfado” está menos para o (des)fazimento ou para a (des)construção que para a (re)invenção do fado. Na sua proposta renovadora, o álbum de Ana Moura consegue o que parecia impossível: acrescentar ao tradicional estilo lusitano uma pegada “pop”, o que, longe de comprometer sua qualidade, agrega-lhe um elemento novo e original.

Se isso faz do quinto álbum de estúdio de Ana Moura, como quer o “The Sunday Times”, o melhor de 2013 no seu estilo, é difícil dizer, sobretudo porque não ouvi tudo que gostaria no período. No entanto, sinto-me seguro em afirmar que “Desfado” é um dos melhores álbuns de música popular portuguesa já lançados em muitos anos. Oxalá, então, ele receba a merecida acolhida do público brasileiro. Quem sabe assim ajude a popularizar no Brasil um estilo musical tão rico quanto o fado.

Rafael Teodoro é advogado e crítico de música e literatura.

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Petrobras destina mais de R$ 110 milhões para preservação da biodiversidade na Amazônia

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Petrobras destina mais de R$ 110 milhões para preservação da biodiversidade na Amazônia
Nos últimos seis anos, os investimentos da Petrobras destinados a projetos sociais e ambientais no bioma amazônico atingiram R$ 110,8 milhões – o que viabilizou a proteção de 28 espécies de animais nativos.
No período, foram beneficiadas mais de 110 mil pessoas envolvendo 124 projetos, que ganharam apoio para desenvolver atividades de educação ambiental e geração de renda. No total, a empresa investiu R$ 1,9 bilhão em projetos ambientais e sociais em todo o país.
A estatal destaca, entre os projetos que vêm sendo implementados na região, o de Conservação de Vertebrados Aquáticos Amazônicos (Aquavert), o Pacto das Águas e o Encauchados Vegetais da Amazônia, que utiliza uma técnica tradicional para impermeabilizar fibras vegetais com uso do látex da árvore do caucho.
O Projeto Aquavert, desenvolvido pelo Instituto Mamirauá, tem como objetivo a conservação e o monitoramento de espécies nativas ameaçadas de extinção, nas reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, na região do Médio Solimões, no Amazonas, abrangendo uma área de mais de 3 milhões de hectares. Cada hectare corresponde, aproximadamente, a um campo de futebol.
A iniciativa, que vem sendo patrocinada pela Petrobras desde que foi iniciada, em 2010, garantiu, segundo informações da empresa, o nascimento de aproximadamente 42 mil filhotes de quelônios (animais como tartarugas, cágados e jabutis), além de possibilitar o monitoramento de mil tartarugas-da-amazônia - espécie mais ameaçada da região.
Além disso, pesquisadores marcaram e monitoraram 40 fêmeas de jacaré-açu e reabilitaram dez filhotes de peixe-boi amazônico, sendo que três deles serão devolvidos à natureza no ano que vem. Ao todo, o projeto envolveu 6 mil pessoas em atividades de educação ambiental, pesquisa e tratamento de animais.
Já os projetos Pacto das Águas e Encauchados Vegetais da Amazônia têm, desde a sua criação em 2007 e 2009, respectivamente, a floresta como foco de suas atividades, preservando, juntos, uma área de cerca de 2,3 milhões hectares.
Somente este ano, o Pacto das Águas conseguiu ampliar a área protegida de 800 mil hectares para 1,9 milhão de hectares, abrangendo a região amazônica localizada entre o noroeste de Mato Grosso e o sudeste de Rondônia e beneficiando uma população de 3 mil pessoas.
O projeto conta com a participação de povos indígenas e seringueiros que, de 2007 a 2012, fizeram o plantio de 1,2 milhão de mudas de espécies nativas, como o açaí, a pupunha, castanheira e cerejeira, e a produção de 90 toneladas de borracha e de cerca de 1,5 milhão de quilos de castanha do Brasil, “que gerou R$ 4,8 milhões para os povos da floresta”, segundo a companhia.
As informações indicam ainda que, desde 2009, o Projeto Encauchados Vegetais da Amazônia já beneficiou mais de 1.500 pessoas em 17 municípios do Acre, Amazonas, Pará e de Rondônia.
Povos indígenas, seringueiros, ribeirinhos, quilombolas e agricultores familiares que participam da iniciativa desenvolveram a tecnologia social em parceria com pesquisadores do Polo de Proteção da Biodiversidade e Uso Sustentável dos Recursos Naturais.
Por meio de inciativas como a produção de látex extraído de seringueiras nativas misturado a fibras vegetais, tais como caroço e fibra do açaí, são feitos artesanatos, vendidos em feiras regionais e no exterior. A iniciativa aumentou em 60% a geração de renda dos produtores e protegeu uma área que hoje totaliza aproximadamente 370 mil hectares.
A cada dois anos, a Petrobras faz seleção pública de projetos, como forma de democratizar o acesso aos recursos e garantir a transparência do processo de patrocínio, o que incentiva o surgimento de novas iniciativas, como a da Associação Vida Verde da Amazônia, no município de Silves, a 200 quilômetros de Manaus.
Selecionada pela companhia em 2012, ela capacita 133 mulheres de comunidades locais para a extração e produção sustentável de óleos vegetais e cosméticos naturais, com a meta de plantio de 3 mil mudas nativas para a reposição florestal na região.
 

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Corredores de elite e anônimos lotam a Avenida Paulista na tradicional São Silvestre

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Corredores de elite e anônimos lotam a Avenida Paulista na tradicional São Silvestre
O pelotão feminino foi o primeiro a largar, às 8h40, na 89° Corrida Internacional de São Silvestre. O percurso, igual ao de 2012, teve início na Avenida Paulista, perto da Rua Frei Caneca, e a chegada será em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, na mesma avenida. Às 9h, foi a vez dos atletas de elite masculino. Logo em seguida, os corredores anônimos lotaram as ruas da capital paulista na tradicional prova que marca o último do ano. ´
Antes da largada dos atletas de elite, cadeirantes também disputaram a prova. Entre os participantes da categoria feminino, a vencedora foi a atleta Aline dos Santos Rocha, 22 anos, com o tempo de uma hora, um minuto e 23 segundos. O vencedor masculino foi Jaciel Antonio Paulino, 40 anos, com o tempo de 49 minutos e 59 segundos.
Esta edição da corrida reúne mais de 27 mil atletas. Representantes de 41 países de quatro continentes participam da prova. Entre os destaques estão os campeões da São Silvestre no ano passado, os quenianos Edwin Kipsang e Maurine Kipchumba. Entre as promessas brasileiras estão o corredor Giovani dos Santos, quarto colocado no ano passado, e Tatiele de Carvalho, que conquistou o sexto lugar na corrida anterior.
Durante todo o trajeto da corrida, o clima de celebração pelo encerramento do ano é marcante. O casal de baianos Maísa Santana, 33 anos, e Emerson Oliveira, 41 anos, trouxe fitas de Nosso Senhor do Bonfim para distribuir entre os participantes. “É uma forma de a gente confraternizar. Por ser no último dia do ano, a corrida tem um sentido especial”, disse Maísa, que é adminstradora de empresas, mas fez a opção de se tornar também corredora há quatro anos. “Tive o incentivo do meu marido. Senti muita diferença na minha qualidade de vida.”
Muitos participantes também fazem questão de trazer mensagens. É o caso do skatista profissional Levi Chaves, 47 anos. Ele corre a São Silvestre há 20 anos sempre com a mesma fantasia. “Venho vestido como o mosquito da dengue para conscientizar as pessoas”, explicou. Levi conta que decidiu usar a roupa porque um amigo quase morreu depois de ser picado. A cada ano, o skatista espera melhorar um pouco mais o seu tempo na prova. “Sempre termino. Não importa em quanto tempo. No ano passado fiz em três horas e 21 minutos. Espero fazer em três horas e 20 minutos agora”, brincou.
O público que acompanha a prova pelos gradis que circundam o local do trajeto é grande. Vestidas com perucas coloridas e blusas com a frase “Vai, Tonhão”, mãe, irmã, esposa, sobrinha e filha vieram apoiar Antônio dos Santos, que disputa a sua segunda São Silvestre neste ano. “É uma festa para a família. Para a gente, essa corrida é uma marca, uma forma de comemorar o fim do ano também”, declarou a manicure Ana Alice dos Santos, 28 anos, irmã do corredor paulistano.


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Dois municípios fluminenses estão em alerta máximo devido à cheia de rios

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Dois municípios fluminenses estão em alerta máximo devido à cheia de rios
Os municípios de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e Bom Jesus do Itabapoana, no noroeste do estado, estão em alerta máximo devido ao aumento do nível de rios que cortam essas cidades. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que monitora a cheia dos rios no estado, o alerta máximo é o mais grave em uma escala de quatro níveis e significa que o rio já atingiu 80% do nível de transbordamento.
No caso de São João de Meriti, o problema é com o Rio Pavuna, que já transbordou e provocou enchentes no município nas chuvas dos dias 10 e 11 de dezembro. Em Bom Jesus, a preocupação é com o Rio Itabapoana, que também transbordou em meados de dezembro, deixando desabrigados no município.
Na Baixada Fluminense, dois municípios estão em alerta, o segundo mais grave da escala do Inea, devido ao nível do Rio Capivari: Belford Roxo e Duque de Caxias. Choveu na noite de ontem (30) no Grande Rio, provocando alagamentos na cidade do Rio e na Baixada Fluminense. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para hoje é de dia parcialmente nublado a nublado, com pancadas de chuvas isoladas em todo o estado.
 
 

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Cuba afrouxa política de crédito para atrair capital privado

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O governo de Cuba flexibilizou, com novas tarifas de empréstimos e prazos de pagamento, a política de créditos criada em 2011 para incentivar a procura de financiamentos pelo setor privado, noticiaram hoje veículos noticiosos oficiais.
O governo de Cuba flexibilizou, com novas tarifas de empréstimos e prazos de pagamento, a política de créditos criada em 2011 para incentivar a procura de financiamentos pelo setor privado, noticiaram hoje veículos noticiosos oficiais.
Desde o início da liberalização da política de créditos, o Banco Central de Cuba concedeu mais de 218 mil créditos a particulares, mas apenas 550 a trabalhadores por conta própria, segmento alvo da medida, segundo dados do diário Juventud Rebelde.

A nova resolução publicada hoje (28) na página da internet do jornal oficial de Cuba baseia-se na necessidade de “atualizar a referida norma para incentivar a concessão de financiamento às pessoas autorizadas a exercer trabalho por conta própria e a outras formas de gestão não estatal”.

As novas regras baixam o valor mínimo de crédito para o setor não estatal, de 3 mil pesos cubanos (US$ 112) para 1 mil (US$ 37,33), e aumentam de cinco para dez anos o prazo para pagar os empréstimos.

Elas preveem também que, em alguns casos, os presidentes dos bancos tenham “excepcionalmente” a prerrogativa de autorizar créditos “de montantes inferiores e prazos superiores aos estabelecidos” pela lei. A nova lei insere-se nas reformas promovidas pelo presidente cubano, Raúl Castro, para “atualizar” o socialismo cubano e superar a crise econômica da ilha.
Da Agencia Brasil

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Uso de telhado verde pode reduzir impactos de ilhas de calor

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Uso de telhado verde pode reduzir impactos de ilhas de calor

O uso do telhado verde pode ser um instrumento importante para reduzir os impactos de ilhas das calor formadas  especialmente em grandes centros urbanos, indica estudo da Universidade de São Paulo (USP). Ao comparar dois prédios da capital paulista, um com área verde e outro com laje de concreto, o geógrafo Humberto Catuzzo verificou que a temperatura no topo do edifício com jardim ficou até 5,3 graus Celsius (°C) mais baixa. Também houve ganho de 15,7% em relação à umidade relativa do ar.
“Se imaginarmos que está fazendo 25°C no prédio com telhado verde e, no de concreto, 30°C, isso faz uma grande diferença dentro daquele microclima”, disse o pesquisador e autor da tese de doutorado com esse tema. Catuzzo destacou que não é possível definir  exatamente o impacto que a iniciativa teria, se fosse expandida, mas observou que as diferenças de temperatura e umidade constatadas na experiência foram muito significativas. “Poderia melhorar a questão climática ou ambiental daquela região central”, ressaltou.

Os edifícios analisados foram o Conde Matarazzo, sede da prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, e o Mercantil/Finasa, na Rua Líbero Badaró, cuja laje é de concreto. Os dois prédios, localizados na margem direita do Vale do Anhangabaú, foram escolhidos por estarem sujeitos a condições atmosféricas e de insolação semelhantes. No topo dos edifícios foram instalados sensores a 1,5 metro do chão (padrão internacional), que, durante um ano e 11 dias, mediram a temperatura e a umidade relativa do ar na área dos dois telhados.

De acordo com Catuzzo, a ilha de calor existente no centro de São Paulo eleva em até 10°C a temperatura na região durante o verão. “O concreto, o pavimento, a grande circulação de veículos fazem com que essa área tenha um aquecimento maior em relação a outras”, disse. O uso de telhados ecológicos solucionaria também o problema da falta de espaços no centro que pudessem abrigar áreas verdes.

No estudo, Catuzzo comparou os dados do prédio da prefeitura com as informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Nesse caso, o telhado verde, mesmo estando em área central, apresentou menor aquecimento e maior umidade relativa do ar. A variação mais significativa foi 3,2°C mais frio e 21,7% mais úmido.

Segundo o pesquisador, essas áreas absorvem cerca de 30% da luz irradiada pelo sol. “Parte [da energia] é retida pelas plantas, até pela questão da fotossíntese, e uma menor quantidade de calor é emitida de novo para a atmosfera”, disse Catuzzo à Agência Brasil. Sem a vegetação, o concreto recebe a energia solar, fica aquecido e emite novamente calor, ou seja, está aquecendo ainda mais.

Além do ganho em termos climáticos, o telhado verde pode contribuir para a redução do uso de energia. “Aumenta-se o conforto térmico no interior dos edifícios e, consequentemente, reduz-se o uso do ar-condicionado”, exemplificou Catuzzo. Também melhora o escoamento pluvial, que é fundamental especialmente para uma cidade que sofre com enchentes. “A água da chuva escoa mais lentamente para as galerias.”

Para o geógrafo, a expansão do uso desse tipo de telhado pode ajudar na formação de corredores ecológicos nas grandes cidades, interligando várias coberturas às áreas preservadas, como praças e parques. “No 14° andar de um prédio, existe vida. São pássaros, como sabiás e bem-te-vis. Há todo um ecossistema, mesmo que reduzido, funcionando perfeitamente. Ver a cidade mais verde significaria ganho de qualidade ambiental para a comunidade como um todo.”

A instalação de um telhado verde, no entanto, não pode ser feita sem cálculos para verificação de qual o modelo mais adequado de acordo com as condições estruturais do prédio. “O da prefeitura, por exemplo, é um telhado verde intensivo, que tem um peso maior, com árvores de porte médio a alto”, explicou Catuzzo. Existem outros tipos de cobertura vegetal, como a extensiva, com o uso de grama; e a semi-intensiva, com plantas de porte arbustivo, além da grama.
Da Agencia Brasil

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